Sem ajuda de governos, índios de Miranda recebem ajuda de Ong para reconstruir casas
Eliane Souza
Por mais de um mês lideranças indígenas da Aldeia Passarinho, no município de Miranda, tentaram auxílio com entidades governamentais e a prefeitura daquela cidade para reconstruir casas destruídas por temporal no dia 5 de novembro deste ano.
O cacique da aldeia, Sandro Quirino disse que tentou ajuda com a prefeitura de Miranda, por meio da secretaria de assistência social e ainda no posto e na superintendência regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), que fica em Campo Grande, porém nada adiantou. O problema e a peregrinação dos indígenas foi publicado no Midiamax no dia 15 de novembro.
Com fortes ventos, casas ficaram destelhadas, estradas de acesso intransitáveis, árvores caíram sobre moradias. Outro agravante é a falta de alimentos, uma vez que a plantação ficou danificada e há quase três meses e os indígenas afirmam que não recebem cestas básicas.
Logo após o vendaval os indígenas receberam ajuda de Marcello Yndio, da Ong Pro Yndios. Naquela oportunidade foi uma ajuda emergencial com a doação de colchões, camas e algumas cestas de alimentos.
Agora a Ong Pro Yndios doou para os indígenas da Aldeia Passarinho telhas, tijolos, cimento, madeiras, entre outros materiais para que os moradores façam mutirão e com sua mão-de-obra reconstrua as casas. O trabalho de reerguer as moradias já começou. “Eu sou pedreiro e já estamos com quase tudo pronto para voltarmos a ter a dignidade da moradia para os patrícios”, diz o cacique Sandro Quirino.
Na Aldeia Passarinho moram aproximadamenbte 1800 indígenas da Nação Terena, sendo grande o número de crianças e idosos. As casas mais atingidas pelo temporal do dia 5 de novembro foram quatro, inclusive uma delas com pai, mãe (portadora da Sindrome de Dowm) e seis crianças.
Outra espera
Marcello Yndio |
O cacique Sandro Quirino espera por uma resposta do governo sobre a suspensão da distribuição de cestas alimentares. Já são quase três meses a comunbidade não recebe os alimentos que são enviados pelo Governo Federal.
O Governo Estadual fica com a resaponsabilidade de separar os produtos e embalar e também fazer o transporte até as comunidades. O cacique ficou sabendo que algumas aldeias da região teriam recebido um comunicado estadual de que o retorno da entrega dos alimentos será no dia 15 deste mês, porém ele não recebeu nenhuma mensagem.
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