domingo, 11 de janeiro de 2015

Mata Atlântica

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Pela conservação da Mata Atlântica

Variados tipos de florestas, relevos e populações dão cara à Mata Atlântica, ao longo de 17 estados brasileiros, Paraguai e Argentina. Recordista mundial em biodiversidade, essa floresta tropical é também uma das mais ameaçadas do planeta, com 8,5%* de sua área original sobrevivendo na região mais desenvolvida e ocupada do país.
A partir desse cenário, o Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil vem trabalhando com a missão de aliar o bem-estar humano à conservação da biodiversidade, qualidade e integridade do solo e dos recursos hídricos.

Para isso, atua com linhas de ação focadas nos poucos remanescentes que se mantém: a linha de planejamento ecorregional, que visa nortear ações para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais; a de áreas protegidas, apoiando a criação e implantação de Unidades de Conservação (UC) no Bioma; e a de reabilitação da paisagem, visando um aumento da área de florestas integradas às atividades econômicas.

Duas importantes concepções orientam as iniciativas do programa desde o início: a definição de Ecorregiões – extensas partes de terra ou água que compartilham espécies e condições ambientais comuns – e a Visão de Biodiversidade – uma ferramenta de planejamento que identifica áreas críticas a serem conservadas em escala de 50 a 100 anos. 

Os projetos se basearam, assim, na Ecorregião Florestas do Alto Paraná, Ecorregião Florestas Costeiras de Pernambuco e Ecorregião da Serra do Mar. Aos poucos, vem-se promovendo a articulação entre diferentes públicos que interferem na manutenção da Mata Atlântica: proprietários de terra, poder executivo e legislativo, organizações locais entre outros.
 / ©: WWF-Brasil / Marco Sarti
A preservação do mico-leão-dourado, cujo o habitat é a Mata Atlântica, deu início às atividades da Rede WWF no Brasil.
© WWF-Brasil / Marco Sarti
 / ©: WWF-Canon / Michel GUNTHER
Foz do Iguaçu, onde a parte brasileira da Mata Atlântica se encontra com Argentina e Paraguai, é um dos focos de atuação do WWF-Brasil no bioma.
© WWF-Canon / Michel GUNTHER
 / ©: WWF-Brasil/Adriano Gambarini
A Mata Atlântica é o lar de uma rica biodiversidade.
© WWF-Brasil/Adriano Gambarini
Assista ao vídeo para saber como o WWF-Brasil trabalha para conservar a Mata Atlântica
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Foz do Iguaçu, onde a parte brasileira da Mata Atlântica se encontra com Argentina e Paraguai, é um dos focos de atuação do WWF-Brasil no bioma.
© WWF-Canon / Michel GUNTHER
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VEJA NAS FOTOS UM POUCO DA BELEZA DA MATA ATLÂNTICA!


REDE DE ONGS DA MATA ATLÂNTICA

  •  / ©: Rede de Ongs da Mata Atlântica

    Acesse o site da Rede de Ongs da Mata Atlântica (RMA) e conheça a atuação das organizações que atuam no bioma.

VIVA A MATA 2014

  •  / ©: SOS Mata Atlântica

    O WWF-Brasil participou do evento, realizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo

DIA DA MATA ATLÂNTICA

PAPÉIS DE PAREDE

  • Pôr-do-sol sobre o oceano na Estação Ecológica Juréia-Itatins, São Paulo. / ©: WWF-Brasil / Adriano Gambarini

    Baixe lindos papéis de parede para seu computador

  • * Segundo dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2011 a 2012 (SOSMA/ INPE).

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Miranda possui Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (Postado pela Fundação Portal do Pantanal)

  Planos Municipais de Mata Atlântica

31/03/2014
Plano Municipal de Mata Atlântica, para quê?

A Mata Atlântica é, atualmente, uma floresta inserida na realidade urbana. Ela foi o “ninho” para as maiores cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. Vivem na Mata Atlântica quase 72% da população brasileira – mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios.

A influência da Mata Atlântica está nas ações mais básicas do dia a dia. A qualidade do ar e da água, a regulação do clima e a saúde do solo dependem diretamente dos remanescentes desta floresta, que também é fonte de recursos e matérias-primas essenciais à economia do país, para atividades como a agricultura, a pesca, o turismo, a indústria e a geração de energia.

A Mata Atlântica é também uma das florestas mais ricas em biodiversidade no mundo. Ao longo do país, ela mostra diferentes feições – incluindo desde as formações de florestas até ambientes associados, como restingas e manguezais – e é considerada um dos 34 hotspots mundiais – regiões do planeta de maior prioridade para a preservação. Essa floresta abriga cerca de 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção .

No entanto, a Mata perdeu quase toda a sua cobertura original ao longo da história do Brasil. Hoje, restam 8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existia originalmente. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, temos atualmente 12,5%.

  •  O que são Planos Municipais de Mata Atlântica?

Conforme previsto em na Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/06, a Lei da Mata Atlântica), os municípios devem assumir sua parte na proteção dessa desse importante floresta bioma através dos instrumentos possíveis.

O principal deles é do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), que reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. A produção elaboração e implementação do PMMA deverá ser efetivada em cada município que apresenta remanescentes desse Bioma (para saber se o seu município está inserido no domínio de Mata Atlântica conforme a Lei, consulte o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica).

Mario Mantovani explica que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município. “Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como o de licenciamento de empreendimentos. Além disso, é uma legislação que coloca o município muito mais próximo do cidadão, porque também estamos falando em qualidade de vida”, destaca.

Vários resultados importantes para o Município podem derivar do PMMA, como a criação e/ou ampliação de áreas protegidas municipais, recuperação de áreas de risco, proteção aos mananciais de abastecimento, direcionamento ao licenciamento ambiental (contribuindo para a efetivação da Lei Complementar 140), obtenção de recursos de compensação, fortalecimento e ferramentas para a gestão e planejamento ambiental municipal, planejamento territorial, inclusive regularização ambiental das propriedades rurais contribuindo e direcionando a efetivação do Código Florestal atual (CAR e PRA).


- See more at: http://www.sosma.org.br/projeto/planos-de-mata-atlantica/#sthash.yzQKpLiH.dpuf


FONTE: SOS MATA ATLÂNTICA

sábado, 31 de maio de 2014

Tabagismo e saúde não conjugam (Por Fernando Leal da Costa)
(REPUBLICADO PELO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DA FUNDAÇÃO PORTAL DO PANTANAL)   
 
                    
Portugal aprovou a Convenção-Quadro da OMS para Controlo do Tabaco, de 2003, em Novembro de 2005 e desde então, apesar de alguma lentidão e hesitações no processo legislativo, tem dado passos seguros.
 
Quem fuma vive menos e vive pior. O tabaco está comprovadamente associado a um conjunto de doenças que geram perda de qualidade de vida e contribuem para uma morte mais precoce. Quem fuma tem maior risco de hipertensão e de aterosclerose, insuficiência cardíaca e respiratória, menos resistência ao esforço, menor memória, impotência sexual mais precoce, maior risco de enfarte do miocárdio e de acidente vascular cerebral.
Quase todos os cancros aparecem mais nas pessoas que fumam, mesmo naquelas localizações que se pensaria não serem influenciadas pelo tabaco, como o intestino e a mama. Não é só, longe disso, o cancro do pulmão e o da boca que podem surgir nos fumadores.
A prevalência global de fumadores em Portugal ronda os 20 %, consoante as fontes. No entanto, em torno dos 40 anos, cerca de 40% dos homens e 20% das mulheres fuma, como o Eurobarómetro de 2012 mostra. Nos últimos anos temos assistido a um crescimento do número de mulheres fumadoras com aumento do cancro do pulmão (que até aqui predominava nos homens) e de problemas obstétricos nesta população feminina.
As principais causas de morte, em 2012, ainda eram as doenças cardíacas e vasculares e o cancro. São causas evitáveis com medidas como o abandono do tabagismo.
Devido a doenças relacionadas com o tabaco, em 2011, morreram quase 27 mil das cerca de cem mil pessoas que morrem anualmente (Relatório DGS, 2013). Quatro mil morreram antes de completarem 65 anos. Se formos mais restritivos na análise, como Borges et al. em 2009, teremos cerca de 12 mil mortes anuais relacionadas com o tabaco. Corresponde a 35 mortes por dia.
A epidemia do tabagismo é provocada pelo homem. Por isso está também na nossa mão combatê-la e salvar vidas. Também foi o homem a desencadear a reflexão das suas consequências e a meter-se ao caminho. Na maior parte dos países, o debate partiu da ciência, dos médicos, para a esfera da decisão política, e o debate acendeu-se e tornou-se mediático. Fumar já não confere status ou glamour, bem pelo contrário, os mais pobres e os países mais pobres são os mais afetados.
A maioria das medidas que demonstradamente são eficazes para combater o tabagismo passa pelo controlo do acesso ao tabaco, atuar na publicidade, aumentar preços, limitar espaços onde se pode fumar e informar de forma sistemática sobre os riscos e prejuízos potenciais para quem fume. É preciso proteger as crianças, os trabalhadores e os não-fumadores da exposição passiva ao fumo, ao mesmo tempo que se tem de investir na ajuda à cessação tabágica, matéria em que a limitação dos espaço disponíveis para fumar tem um impacto significativo.
Há um conflito de interesses irreconciliável entre os interesses da indústria do tabaco, o interesse público e a saúde. A indústria do tabaco tem poder económico que usa para interferir com o poder político, exagerar sobre o seu peso na economia dos países, cria grupos de apoio e de pressão, tenta desacreditar a ciência e as provas existentes e, em última análise, usa a via judicial para defender os seus produtos nefastos (Tobacco Industry Interference; a Global Brief, OMS 2012).
O tema de 2014 para o Dia Mundial sem Tabaco é o das" Taxas e Impostos sobre os produtos com Tabaco". Apesar de muitos usarem o argumento da diminuição do retorno fiscal como razão de se manter e proteger o uso de tabaco, a verdade é que impostos mais altos têm efeitos indiscutivelmente benéficos, porque levam à diminuição do consumo e da carga de doença e, a médio prazo, os ganhos de saúde para a população são largamente compensados pela redução da receita. São os grupos socioeconomicamente mais débeis, onde a probabilidade de morrer é maior, que mais beneficiam com o aumento dos impostos sobre o tabaco.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, há, pelo menos, 200 mil mortes anuais de trabalhadores relacionadas com a exposição passiva ao fumo de tabaco. Daí a atenção dada à proteção dos trabalhadores da restauração e dos bares sujeitos à exposição prolongada ao fumo de tabaco. Nos EUA, a primeira interdição de fumar, a dos aviões comerciais, foi essencialmente exigida pelos sindicatos do pessoal de cabine. O Livro Verde Por uma Europa sem fumo: opções estratégicas a nível comunitário, da Comissão Europeia, deixa claro que não há impacto negativo no sector da restauração por restrição de fumo no interior das instalações.
O Estudo da DGS, Infotabac 2011, mostra que a maioria dos inquiridos, mais de 90%, tinha uma opinião favorável quanto à restrição de fumar em locais de uso público.  Um estudo do Eurobarómetro, divulgado em maio de 2007, já revelava que Portugal era o país com maior percentagem de apoio a medidas de restrição ao fumo em restaurantes (84%) e bares (74%), com valores de aprovação superiores a 90% para outros locais públicos.
A maioria dos fumadores quer deixar de fumar e concorda com as medidas que lhes reduzam a oportunidade para consumir tabaco. 99% (noventa e nove) dos fumadores começam a fumar antes dos 25 anos. 77% (setenta e sete) antes dos 18, 22% (vinte e dois) antes dos 15 anos, e 5% (cinco) antes dos dez. A dependência foi estabelecida, na esmagadora maioria dos fumadores adultos, quando eram crianças ou adolescentes. É neste grupo que precisamos de investir mais e mais cedo. Mais importante do que abandonar o vício, é impedir que ele comece.
Vale a pena ter os dentes estragados e amarelos, mau hálito permanente e rugas mais cedo? Será que os nossos jovens têm consciência disto tudo? Fumar não está associado a melhor aparência. Dentes com tártaro e dedos amarelos não se conjugam com juventude nem com saúde.
Secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde